Prepare-se para um livro muito aflitivo. Sabe aqueles que dão mal estar tamanha a ruindade das personagens? “Varity”, da autora Colleen Hoover é assim. Mas não por ser mal feito, longe disso. Ele é tão bem escrito e construído que é impossível não se sentir mal com alguns acontecimentos da história.
Na trama, Lowen Ashleigh é uma autora pouco conhecida, mas foi chamada por uma editora para terminar a série da famosa autora Varity, que após sofrer um acidente de carro ficou impossibilidade de dar continuidade ao seu trabalho. Varity ficou famosa por escrever as histórias sempre pela visão dos vilões, mas ainda seriam necessários mais três livros para a coletânea chegar ao fim.
A proposta não era, nem de longe, algo que Lowen toparia fazer, mas como precisava do dinheiro seguiu em frente com o desafio. Para começar, ela fica imersa no escritório de Varity, olhando em suas anotações o que poderia ser usado na continuação de suas histórias. O problema é que, em vez de material útil, ela encontra uma autobiografia escrita por Varity, cheia de revelações intensas, marcantes e difíceis de engolir. E aí fica a dúvida: deve ela contar o que descobriu a Jeremy Crawford, o marido pelo qual Varity era intensamente apaixonada e que Lowen tem uma queda?
Olha, difícil. Tem coisas nessa história que eu gostaria que não existissem na vida real, mas não acho difícil imaginar que tenham outras pessoas que se sintam como Varity descreve em sua autobiografia. Que pesado, que aflitivo e que horror!
Colleen Hoover escreveu lindamente essa mistura de thriller com romance. Vale a pena! Só tem uma questão: ainda não há versão em português. .