Ninguém gosta de falar sobre morte, mesmo ela sendo a única certeza da vida. E, talvez por não tocarmos nesse assunto, nunca estamos preparados para lidar com ela. É óbvio que falar sobre o falecimento não torna a partida de um ente querido mais fácil. Nunca será fácil e cada um terá sua dor – extremamente legítima. Mas e se a gente soubesse mais do que se passa nos bastidores, como nos sentiríamos?
É isso que Caitlin Doughty narra em “Confissões do Crematório”. Após arrumar um emprego em uma empresa de cremação, ela, que assim como muitos de nós, nunca tinha convivido com a morte de perto, passa a enfrentá-la (e a trabalhar com ela!) todos os dias.
No livro, Caitlin conta sua primeira experiência, como aprendeu a mexer nos fornos de cremação, como é a “busca pelo corpo” quando a pessoa morre em casa, a reação dos parentes, as reações dela… Apesar do tema, por incrível que pareça, o livro não é mórbido. Tem inclusive, uma pitada de humor com um jeito “seria cômico se não fosse trágico” quando a autora conta algumas de suas vivências.
Nesse livro, ela ainda traz informações históricas de como a humanidade lida com esse momento tão difícil desde os primórdios. O que torna a leitura ainda mais interessante.
Caitlin tem outro livro, “Para Toda a Eternidade”, onde também aborda o assunto morte. A resenha está no site e no feed. .
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