Eu sou uma pessoa ansiosa. Fiz terapia por um tempinho e hoje sou uma adepta forte dos florais. Mas não é tão simples assim controlar essa questão. Crises vem do nada, por motivo nenhum, te deixam perdida e sem saber por onde começar a resolver o problema. Por que aquele desespero agora? Qual foi o gatilho? E o que muita gente acha que é frescura, é uma doença bem séria e que precisa de atenção.
Por isso o livro Diário de uma Ansiosa ou Como Parei de me Sabotar, da Galera Record, me chamou a atenção. A autora narra situações, descontroles de emoções e momentos que só quem sofre com a tal da ansiedade consegue se identificar. A autora sofreu por anos com situações do dia a dia que por muitos passam despercebidas.
Ouvindo os relatos de Beth Evans, que tem um jeito bem leve de narrar os perrengues de sua própria vida, comecei a achar os meus problemas minúsculos. Mas não importa o tamanho, assim como ela mesmo diz na obra, o importante é saber pedir ajuda — por mais difícil que isso seja.
Beth passou por estágios de ansiedade, TOC, automutilação… Tudo isso naquela fase da vida em que estamos fazendo em transição, saindo da adolescência para se tornar adultos. Com textos e desenhos (feitos por Beth), ela conta suas histórias e mostra os seus caminhos — que podem servir de inspiração para quem quer encontrar o seu.
Resumo da ópera: esse livro é uma maneira mais leve de falar de problemas sérios. Não se menospreze, não tenha medo de pedir ajuda, um ombro amigo, um conselho, alguém pra conversar… Sua saúde mental importa muito e nada do que sente é frescura.