Esse livro não é um romance, não é engraçado e nem divertido. O jornal americano The New York Times classificou Melhores Amigas, de Emily Gould, como uma mistura das séries Two Broke Girls e Girls, mas confesso que não ri nenhuma vez. A obra é meio que um choque de realidade que, às vezes, a vida que a gente planejou lá no começo da nossa fase adulta não vai rolar. E no fim, está tudo bem.
Na história, Bev e Amy, que se conheceram no ambiente de trabalho, chegaram aos 30 anos e a vida está uma bosta. Elas não têm o emprego que gostariam, não moram onde gostariam, os relacionamentos não são o que gostariam… Ou seja: está tudo errado. Aqueles planos lá da época da faculdade nem fazem mais sentido.
Durante toda a trama, com direito a vários imprevistos, elas se veem dentro de uma situação que não é ideal e precisando colocar a vida em perspectiva. Quando você é despejada, acaba de se demitir e não tem uma moeda guardada, é difícil pensar que dá pra melhorar. Mas para dar passos para frente, às vezes, a gente tem que andar cinco para trás, descobrir novas paixões e encarar um novo caminho. E está tudo certo. É isso que Amy e Bev fazem durante essas 251 páginas.
Esse não é o livro ideal para você passar o final de semana curtindo se quiser se distrair. A cada capítulo é um soco no estômago que nos faz pensar na nossa vida, reavaliar escolhas e objetivos. Mas se está meio pra baixo com como andam seus dias, pode ser importante se dedicar a esse livro. Quem sabe você também não percebe que precisa de uma mudança para ser mais feliz?