Várias pessoas me falaram, durante toda a vida, que cada idade que eu lesse O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, teria uma percepção diferente. Ouso dizer que não é verdade. Todas as vezes que eu li (uma delas durante a infância, inclusive), tive a mesma impressão.
A viagem do principezinho por vários planetas até chegar à terra mostra com clareza as várias faces do ser humano: o egocêntrico, o workaholic, o focado no poder, autocentrado… Enquanto o tal menino, que veio de um planeta com três vulcões e uma flor, busca entender as estranhezas dos adultos. Me lembro, que quando era pequena, brincava de fazer reuniões porque meu pai sempre estava em uma. E hoje, com o avanço da internet e smartphones, ficamos ainda mais presos ao dia a dia do trabalho, mesmo quando não estamos mais no escritório.
Aquele pequeno príncipe, que só queria um carneiro e amou o desenho feito do bichinho dentro de uma caixa, nos faz refletir sobre os valores da vida, o que tá faltando na humanidade ultimamente.
Livros infantis têm esse poder: de nos fazer refletir sobre qual a real importância da vida, e a maioria delas, estão nas pequenas coisas.