A escritora espanhola Maria Dueñas fez as malas e desembarcou aqui no Brasil para conversar com seus fãs e leitores. A Editora Planeta a trouxe para um bate papo sobre seu novo livro lançado por aqui: As Filhas do Capitão.
Em um evento no SESC da Avenida Paulista, ela tirou dúvidas, contou da vida e ouviu histórias daqueles que amam tudo o que escreve — sempre muito atenciosa e com sua tradutora ajudando para língua não se tornar um empecilho.
Consegui que ela respondesse duas das minhas perguntas e uma delas ainda rendeu uma revelação: o livro Destino: La Templanza irá se tornar série — assim como O Tempo Entre as Costuras, que está disponível na Netflix.
Como surgiu o convite para O Tempo Entre as Costuras se tornar série? Você participou de alguma forma da produção?
Na realidade a série não é uma produção original da Netflix, e sim, de um dos grandes canais privados da Espanha, o Antena 3. A ideia da adaptação partiu deles, que fizeram toda a produção. Eu só participei da supervisão dos personagens. Tive uma relação muito próxima a tudo que eles faziam: me contavam sobre o que acontecia, o que estavam fazendo, o cenário, o figurino, mas eu não intervia em nada disso,
Foi só muito depois que estreou na Espanha, onde foi um grande sucesso de audiência e crítica (os leitores ficaram felizes com o resultado e não se sentiram traídos pelo o que viram), que a Netflix comprou os direitos. A série já tinha sido reproduzida em outros países, mas o conhecimento mundial aumentou com isso. Não posso dar muitos detalhes, por que não me deixam, mas vamos fazer Destino: La Templanza. Queremos começar em breve e estamos muito animados.
O que você mais gosta da vida de escritora?
Muitas coisas! [risos] Gosto de sair do meu país, falar com leitores do outro lado do oceano e comprovar, acima de tudo, que as emoções e reflexões são muito parecidas em todos os lugares. Depois de tantos anos trabalhando na vida acadêmica, com uma estrutura pautada por uma programação e calendário, poder administrar meu tempo, tomar minhas próprias decisões e ser responsável pelos meus projetos é ótimo. Não sei porque não fiz isso 25 anos antes [risos]